terça-feira, 28 de dezembro de 2010

À Beira do Tempo

Beira no tempo uma passagem inspirada
Em um número que ninguém sabe o que pode ser
E há tantas histórias tão dispersas
E há tantas falsas pessoas neste mundo

Se esta é mais uma farsa
Começo a pensar que somos personagens
De algum experimento secreto
Sem chance de escapar...

Não quero acreditar que possa haver
Tanta desimportância com assunto tão sério
Meus pensamentos são os mais austeros
Quando se trata da insigna história

Mas se tudo for como imagino
É um mero nonsenso tentar ser algo
E existir é já carregar um fardo
De inescrupulosos pesadelos...

Ontem, em meio a estes devaneios
Eis que brotou do meu íntimo uma luz
Que resplandeceu em meu rosto e acendeu meu espírito
Se não for por um tempo tosco novamente
Será a mais perfeita das curas já empregada
Uma luz de pura sabedoria que ensinava
Que existe ao menos um modo certo de viver a vida
Um modo em que ela ainda pode ser vivida
E não é nada disso que eu tenho experimentado até então
Mas sinto em meu antro que será a solução
De toda a desesperança nessa Terra vã.

Um comentário:

  1. Muito interessante a poesia e o blog como um todo.
    Não tenho a capacidade de produzir poemas tão peculiares, mas aprecio muito quem tem.
    As palavras foram tão bem colocadas que quase dá para sentir o poema. Em outras palavras, extremamente denso.
    Em resposta aos comentários realizados no meu blog, espero de verdade que também consiga terminar um de seus tantos projetos.
    Basta-lhe persistência. Afinal, talento você tem de sobra.
    Aquele abraço!
    http://segunda-dose.blogspot.com

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